
O trabalho transforma o homem, é ele junto com a linguagem que diferencia, culturalmente, nós dos animais. Para que seja realizado uma tarefa é preciso que o homem aprenda como se faz para que possa executá-la com perfeição e se adequar as normas do seu ambiente de trabalho.
Desde os primódios o homem sempre teve a necessidade de controlar o tempo, ou melhor, de ser controlado para que tivesse limites pré-estabelecidos perante a época vivida; Com o advento do relógio de pulso no século 19, o homem mostrou sua individualidade perante o controle do tempo, este por sua vez, mostra a falta de autonomia do próprio homem em relação ao tempo, por mais que a tecnologia avance nunca consiguiremos pará-lo.
O começo de tudo foi a necessidade de consumo que o homem tinha em produzir seu alimento, roupa e moradia que eram aprimorados com a melhor utilização da natureza assim como as habilidades do homem com o passar dos anos. Ao constituir as primeiras sociedades, ou povos, o trabalho era recompensado por mercadorias (escambo), como uma espécie de troca. Nessa época tudo era primitivo e precário, não existia a necessidade de saber ler, escrever e ter uma formação profissional como hoje.
Na antiguidade, gregos e romanos dedicavam-se ao "ócio produtivo" em que a elite precisava cuidar do corpo e do espírito enquanto os escravos faziam todo o trabalho braçal o qual era muito desvalorizado apesar de ser extremamente necessário para a sociedade na época. Podemos considerar um escravo aquele que realiza uma função sem nem saber o porquê e não é valorizado pelo serviço prestado.
Avançando um pouco na história, um marco importante foi a passagem do feudalismo para o capitalismo onde surgiram as revoluções industrias, a divisão das tarefas, de horários pré-estabelecidos, ritmo de produção, greves, sindicatos, direitos humanos, leis trabalhistas etc. Talvez esses períodos anarquistas sejam os responsáveis pela ordem nos dias de hoje, pois se não tivessem ocorridos as mobilizações trabalhistas em busca de condições dignas de trabalho, o homem - a classe burguesa, não teria reconhecido a importância dos trabalhadores em geral. A ganância pelo poder e o ganho teoricamente fácil do dinheiro através dos esforços dos outros leva o homem a cometer crimes contra os direitos humanos, desprezando qualquer coisa para consiguir o que quer. São exemplos disso as empresas multinacionais que se instalam onde existe mão de obra barata, o contrabando de árvores na floresta Amazônica, a pirataria de filmes, marcas e objetos etc.
Atualmente nossa liberdade, entenda-se como nosso de lazer, é comprado com o resultado de nosso trabalho, para termos algum conforto é preciso trabalhar esse é preço que pagamos e que vamos pagar cada vez mais caro por conta principalmente da globalização.
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